quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

e agora

Os dias estão passando com a mesma velocidade com que eu pisco os meus olhos, e isso me amedronta bastante. Não pelo fato de saber que a cada dia que passa eu envelheço um pouco, mas sim, por pensar que eu posso não conseguir acompanhar esse “relógio da vida” que anda batendo tão depressa. É como se eu fosse ser deixada pra trás no primeiro momento que eu desse uma distraída. Essa semana, indo trabalhar eu testemunhei um acidente horroroso que causou a morte de um rapaz de 28 anos, por uma questão de segundos, bastou um momento de distração pra vida vim pregar uma lição, é frio pensar que agora pronto, acabou. Foi definitivo. E se eu fosse a distraída da vez? Como ficariam os meus compromissos, minhas contas? Quem iria revirar a minha gaveta e desfazer das minhas coisas, que já não seriam tão minhas assim. Estranho mesmo é pensar no que fazer depois da morte, vai que a vida entende tudo errado e resolve antecipar sua data de partida. É melhor não arriscar. Mas, se eu pudesse escolher o meu dia de morte não seria hoje, amanhã, na semana que vem e nem nos próximos mil anos. Sabem-se lá quando eu vou conseguir realmente fazer tudo que eu tenho planejado pro agora e pro em diante. É. 

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